Onde está o manifesto dos jornalistas sem diploma?

No dia 27 deste mês recebi por e-mail um convite para unir-me ao grupo de estudantes em um manifesto a favor do diploma de jornalismo, outrora, derrubado pelo então ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes. Contive uma inquietação no desejo de fazer parte deste ato político que apoio e defendo na certeza de que devemos levantar a bandeira da regulamentação da profissão de jornalista. Entretanto não pude comparecer, e fiquei ansiosa pela repercussão no dia seguinte e para surpresa, apena uma notinha foi dada no impresso do Tribuna da Bahia.
Até o momento não tive mais notícias do que ocorrerá na tarde de quinta-feira, na praça Piedade (centro) e muito menos entre as paredes da câmara de vereadores. Acredito que não seja de interesse da maioria a divulgação do manifesto, já que se trata de futuros profissionais, que até então tem o compromisso com a população na divulgação dos fatos e já que transparência não é uma constante para os políticos da Bahia e do Brasil, talvez seja mesmo muito cômodo abafar a luta e resistência de uma classe que no futuro poderá lhe comprometer.
Outra minúcia que fica submissa a toda esta nuvem de omissão, é a não manifestação dos profissionais que já ocupam suas cadeiras “cativas” no cenário jornalístico.
Este caso se estende desde que o Gilmar Mendes, defendeu a tese de que o jornalismo é profissão diferenciada que tem vinculação com o amplo exercício das liberdades de expressão e de informação. Segundo ele, exigir o diploma de quem exerce o jornalismo é contra a Constituição Federal, que garante liberdade de expressão e informação. E por oito votos a um, o Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) derrubou na quarta-feira, 17 de junho, a exigência de diploma para o exercício da profissão de jornalista.
Em notas divulgadas pelos veículos de comunicação, o presidente da ABI (Associação Brasileira de Imprensa), Maurício Azêdo, criticou a decisão.
Houve em 1964, há 45 anos, um golpe militar que depôs o presidente João Goulart e instaurou uma ditadura de 21 anos no Brasil. Em 2009, a sociedade brasileira pode estar diante de um novo golpe. O ataque à profissão jornalística é mais um ataque às liberdades sociais, cujo objetivo fundamental é desregulamentar as profissões em geral e aumentar as barreiras para a construção de um mundo mais pluralista e democrático.
Minha inquietação permanecerá até o desfecho deste tramite. E convido você a questionar e envolver-se nesta luta, seja jornalista ou receptor da informação.

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Meu verbo,

Estudante de Comunicação Social com habilitação em Jornalismo da Faculdade 2 de julho. Em 2005 estive em Brasília para trabalhar como Produtora no ASCADE (Associação dos Servidores da Câmara dos Deputados). Atualmente sou Repórter voluntária de um jornal Impresso e On Line onde produzo matérias, pautas e cobertura de eventos. Faço também parte do quadro de profissionais em uma Assessoria de comunicação onde atuo como Jornalista. Religiosa e livre com meus pensamentos, procuro misturar idéias e não limita-las a um fato. Sou tudo o que mais gosto, neste caso, sou o outro, meus livros e discos e uma série de peculiaridades que contribuíram e contribuem na construção do meu verbo. E acredito que “É melhor tentar e falhar” do que preocupar-se e ver a vida passar. É melhor tentar, ainda que em vão que sentar-se, fazendo nada até o final. Eu prefiro na chuva caminhar, que em dias frios em casa me esconder. Prefiro ser feliz embora louco do que em conformidade viver porque “eu tenho um sonho” (Martin Luther King).

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